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A Aporofobia do Coronel Moderno Sob a Ótica Capixabês

Atualizado: 21 de mai. de 2023


Por GUSTAVO MINERVINO SOUZA FERREIRA*


A Aporofobia do Coronel Moderno Sob a Ótica Capixabês

Publicado em 18 de Maio de 2023 • 20:22


Muito se tem discutido, recentemente, acerca da aversão aos pobres e toda a sua implicação decorrente das políticas de governo e Leis adotadas pelas gestões públicas no estado do Espírito Santo.



Pode-se afirmar que, o processo de exclusão social começou no período colonial com o incentivo da vinda dos europeus imigrantes para o Brasil com emprego e terras garantidas, à revelia das pessoas que tinham sido libertas da escravização e largadas no mundo, colocando em prática o projeto de eliminação dos negros.



Por certo, não é o intuito discorrer sobre o negro ou escravização, contudo, necessário uma breve lembrança, eis ser os negros, pessoas que mais necessitam de políticas públicas afirmativas em decorrência da dívida histórica do Brasil com a raça.



As intenções que impactam grupos sociais, bem como todas as políticas públicas sugeridas pelo estado, devem estabelecer direitos e deveres, sempre pautando o interesse público, para assim, desencadear as ações afirmativas que regulamentará o direito do cidadão.



Em vista da situação divulgada amplamente pelos veículos de comunicação, a proibição da circulação dos catadores de recicláveis, não contempla o direito do indivíduo e, muito menos, promove a sua qualidade de vida. É uma maneira que aquela cidade, por meio da política de exclusão, encontrou para esconder e afastar pessoas em situação de vulnerabilidade social.



A ausência de políticas públicas no campo social, evidencia os absurdos de uma sociedade doente, pois o político é reflexo daquele que governa e, o verdadeiro soberano, governa, pois sabe servir ao povo, não sustenta as suas arbitrariedades sob o subterfúgio do liberalismo econômico regulado.



Desse modo, nem tudo que envolve negro e pobre é droga, talvez, seja ausência de assistência ou abandono social. A gestão política contemporânea deve ser uma construção destinada a prover o social atrelado ao econômico e, em hipótese alguma, política elitista liberal, argumento perfeito dos políticos racistas e preconceituosos que ainda não aprenderam o valor da vida como ela é.




* Gustavo Minervino Souza Ferreira - Presidente da Comissão de Cidadania e Advocacia Popular da OAB/ES

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