O Museu Vivo da Barra do Jucu está fazendo aniversário. São oito anos da organização cultural, sem fins lucrativos, formada por moradores locais, e criada para incentivar a preservação da história das tradições culturais da comunidade
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A data será comemorada com muita música, lançamento e entrega de projetos e debates. Tudo nesta sexta e sábado, 08 e 09 de dezembro. “É um momento para celebrar as conquistas destes anos todos e também se fortalecer para novos projetos nesta comunidade, celeiro cultural de Vila Velha”, afirma um dos coordenadores do Museu Vivo, Ricardo Vereza.
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O evento denominado de “V Seminário comemorativo de Aniversário do Museu Vivo” começa na sexta, 08, com o lançamento do projeto “ENCONTRO, MEMÓRIA de Seu Chiquinho e FORMAÇÃO de Chorinho da Barra do Jucu” – CHORA BARRA“ e apresentação do Grupo Regional do Seu Chiquinho.
O show vai contar com convidados especiais: mestre Alexandre Araújo no cavaco, Professor Jorge Gabriel no violão, e professor Edu do Pandeiro no pandeiro. Começa a partir das 20h, no Restaurante Republica da Barra.
No sábado, 09, o evento será na Escola Tuffy Nader, a partir das 9h. Na programação consta a entrega da primeira parte do Projeto Sagrada Ancestralidade, entrega do projeto Inventário do Congo. Também vai acontecer uma roda de conversa sobre Fomento e as Leis de Incentivo à Cultura. O encerramento está previsto para 12h30 com apresentação da Banda de Congo Raízes da Barra.
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Chorinho e homenagem
Uma conquista importante e que será apresentada para a comunidade da Barra do Jucu no evento é o Projeto “Chora Barra”. Segundo o coordenador do Museu, Ricardo Vereza, o projeto visa incentivar o ensino do Chorinho, resgatar a memória de Francisco Firme, Seu Chiquinho, que foi o grande mestre do Choro da Barra do Jucu, e a formação de novos grupos deste estilo musical.
“A Barra do Jucu tem uma forte tradição de Congo, mas o Chorinho marcou muito a comunidade com o Regional do Chiquinho nos carnavais, nos bares e em muitos eventos. Nosso objetivo ao apresentar o projeto foi de resgatar a memória de grande tocador, Seu Chiquinho, mas também valorizar a diversidade cultural e musical com oficinas de formação e incentivo a formação de novos grupos”.
Seu Chiquinho foi um dos grandes nomes da música capixaba. Natural de São Rafael, em Domingos Martins, de uma família de agricultores e músicos autodidatas. Na Barra do Jucu, onde morou por muitos anos, tocou desde os anos 50. Criou um ritmo próprio de Choro batizado de “Emboladinha”. Foi reconhecido por muitos movimentos musicais e recebeu inúmeras homenagens, entre elas do Circuito Nacional do Choro em 2009.
Ele comandou rodas de Choro, bailes de casamentos, festas religiosas e carnavais. Em 2002, lançou um CD Chico Experimental. Com o Regional Francisco Firme, costumava dar canjas aos amantes do Chorinho em terras capixabas. Faleceu em 24 de junho de 2010, aos 83 anos.
O projeto será executado com recursos do Governo do Estado, aprovado no edital 013/22 do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura) e apoio da Secretaria Estadual de Cultura (Secult-ES).
Museu Vivo
O Museu Vivo da Barra do Jucu tem como lema “Saberes Populares Caminhos do Amanhã”. É uma organização cultural, sem fins lucrativos, criado em 2015 para preservar e incentivar as tradições culturais da comunidade.
A organização surgiu de um movimento cultural chamado Culturada Viral realizado por um grupo de moradores. O intuito era enfrentar o abandono da comunidade pelas instituições públicas e ocupar os espaços com uma agenda cultural, esportiva e ambiental. E assim provocar o resgate do bucolismo local, além de valorizar e fortalecer as manifestações culturais de Vila Velha.
De acordo com Ricardo Vereza, muitos projetos foram realizados neste período na comunidade. Ele destaca a Galeria Livre com obras de artes pintadas nos muros por artistas renomados; o Ponto de Memória que catalogou e publicou em site da entidade as principais manifestações culturais e personagens que marcaram a história da Barra do Jucu; a Culturada Viral Virtual no período da pandemia que envolveu mais de 70 artistas e grupos artísticos; o Núcleo Produtivo que resgatou a renda de bilro e deu origem ao Grupo Barra de Renda que hoje reúne mais de 60 rendeiras.
Atualmente a organização está executando os projetos Sagrada Ancestralidade que está mapeando as Casas Religiosas de Matriz Africana no município de Vila Velha. E também o o projeto Memória do Congo da Barra do Barra do Jucu. Estes dois projetos serão apresentados no evento durante o sábado, dia 09, na Escola Tuffy Nader.
“E agora damos início à execução do projeto Chora Barra que nos anima muito. Queremos ver a Barra voltar aos bons tempos do chorinho de Seu Chiquinho que deixou saudades em todos aqui. Temos muito talentos musicais por aqui e temos certeza que o chorinho encontrará terreno fértil por aqui”, destaca Ricardo Vereza.
V SEMINARIO DO MUSEU VIVO DA BARRA DO JUCU
SEXTA FEIRA 08/12/23 – REPÚBLICA DA BARRA (Av. Vasco Coutinho, 42)
20H- COMEMORAÇÃO DOS 08 ANOS DO Museu Vivo da Barra do jucu:
· Linha do Tempo- vídeo institucional
· Destaque dos principais projetos
21H – LANÇAMENTO DO Projeto “ENCONTRO, MEMÓRIA de S. Chiquinho e FORMAÇÃO de Chorinho da Barra do Jucu” – CHORA BARRA
· Apresentação do Projeto
· Show do grupo de chorinho- Regional de S. Chiquinho e convidados
SÁBADO 09/12/23 – AUDITÓRIO DA ESCOLA EMEF TUFY NADER (Rua Antonio Fonseca, SN)
9:00h – Entrega da 1ª etapa do Projeto SAGRADA ANCESTRALIDADE
9:30h – Entrega do Projeto MEMÓRIA DO CONGO DA BARRA DO JUCU
10:00h – Debate FOMENTO DA CULTURA - Linhas de financiamento
12:00h – Encerramento – Banda de Congo Raízes da Barra
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