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Conilon estreia na Bolsa de Valores e traz vantagens aos capixabas



A Bolsa de São Paulo (B3) dá um novo passo para o mercado de café brasileiro. Desde segunda (23), passou a ser possível negociar contratos futuros para café conilon cru, tipo 7-35 ou superior, com entrega física em Vitória.


O Espírito Santo é o maior produtor e exportador de café conilon no Brasil, responsável por cerca de 70% da produção nacional. Em 2024, o Estado deve colher 11,1 milhões de sacas, um aumento de 9% em relação à safra anterior. Até julho, exportou 4,16 milhões de sacas de conilon, além de quantidades significativas de café solúvel e arábica. O Estado possui 283 mil hectares de conilon distribuídos em 40 mil propriedades rurais, com uma produtividade média esperada de 42 sacas por hectare, um aumento de 8,2%.

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Cada contrato corresponderá a 100 sacas de 60 kg, oferecendo aos produtores segurança e transparência nas negociações. Essa iniciativa representa um marco para o setor cafeeiro brasileiro, oferecendo aos produtores capixabas uma nova ferramenta para vender seus produtos com preços mais justos.



Com a negociação na B3, o conilon capixaba ganhará maior visibilidade no mercado nacional e internacional, além de maior liquidez. A Bolsa também será responsável por avaliar as amostras de café e verificar os critérios de qualidade estipulados nos contratos, garantindo a segurança das transações.




Para Cecília Perini, líder da XP Investimentos no Espírito Santo e Minas Gerais, que movimenta cerca de 40% do volume de commodities na Bolsa, o café conilon agora entra definitivamente para a negociação na Bolsa no Brasil.




“Anteriormente, era um absurdo pensar que o conilon era comercializado na Bolsa de Londres, mas não no próprio país, que é um dos maiores produtores de café do mundo. Com o Espírito Santo sendo responsável por 70% da produção de café no Brasil, a inclusão do conilon na bolsa traz benefícios significativos para o setor”, explica.

A profissional avalia que a listagem do café conilon na Bolsa proporciona tanto aos produtores quanto à indústria um mecanismo de proteção para as commodities, permitindo uma maior segurança e previsibilidade nas negociações.


“Isso significa que os produtores poderão se proteger de oscilações de preços no mercado internacional e terão mais controle sobre sua produção e lucratividade. Podemos dizer também que a inclusão do café conilon na B3 também traz maior transparência e visibilidade para o mercado de café do país e ajuda a fortalecer a posição do Brasil como um dos principais players do setor”, destaca.

Ainda segundo a líder da XP no ES, com a possibilidade de negociação do café conilon na Bolsa, os investidores terão mais confiança para investir no mercado de café brasileiro, o que pode impulsionar ainda mais o crescimento e desenvolvimento da indústria cafeeira no país.


“No Espírito Santo, atendemos os principais players de mercado e, para nós, é um grande avanço para o setor cafeeiro brasileiro”.

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