A vergonha e o preconceito ainda são grandes empecilhos para a realização do exame que dá o diagnóstico do câncer de próstata. De acordo com o urologista do Hospital Evangélico de Vila Velha (HEVV), Dr. Rodrigo Tristão, o tema ainda é tabu e muitos homens se recusam a fazer o exame.
“A campanha realizada no mês de novembro é extremamente importante para conscientizar os homens sobre a importância de realizar os exames que diagnosticam a doença. Cerca de 20 a 30% ainda se recusam a fazer os exames do toque retal e o antígeno prostático específico (PSA)”, destaca o Dr. Rodrigo Tristão.
Seu Agenor da Silva tem 72 anos e descobriu que estava com câncer de próstata aos 57 anos durante um exame preventivo. “Eu morava no interior de Minas Gerais e sempre fui ao médico fazer esse exame até porque tem caso dessa doença na minha família. Quando converso com os colegas percebo que eles têm muita vergonha de falar sobre o assunto. Mas foi esse exame que salvou a minha vida!”, conta seu Agenor.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o triênio 2023-2025, estima-se quase 72 mil novos por ano. São considerados fatores de risco estabelecidos a idade, o histórico familiar positivo, obesidade e raça negra.
Para alertar ainda mais a população masculina sobre o câncer de próstata é realizada a campanha Novembro Azul que traz informações importantes sobre o assunto, principalmente, quando se fala em exame preventivo e diagnóstico precoce.
“Normalmente, o câncer de próstata evolui muito devagar e os sintomas aparecem em um estágio mais avançado da doença. Por isso, o diagnóstico precoce da doença está diretamente relacionado ao sucesso no tratamento e pode atingir taxas de cura superiores a 90%”, ressaltou o urologista Dr. Rodrigo Tristão.
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