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Carnaval 2023: dicas de como prevenir a “doença do beijo” e a sífilis




O HIV não é transmitido pelo beijo, mas cuidados bucais previnem outras infecções.


Entre as maiores fake news já criadas em torno do HIV, está a crença de que o vírus pode ser transmitido através do beijo. A ciência há muito tempo já provou o contrário. 



Apesar disso, os cuidados com a saúde bucal não devem ser afrouxados, já que outras infecções, inclusive a sífilis, que é uma infecção sexualmente transmissível, também de via oral, podem potencialmente serem transmitidas pelo beijo, principalmente em época de carnaval, onde alegria, diversão e desejo se misturam. Mas, em meio a farra, é totalmente possível os foliões aproveitarem sem descuidar da saúde da boca.



Para descobrir quais são estes cuidados, e quais são as infecções que mais sofrem explosão no número de novos casos nesta época do ano, conversamos com o odontologista e cirurgião-dentista dr. Otávio Augusto Ribeiro.


“A boca ela pode ser a porta de entrada para algumas doenças infecciosas, virais, bacterianas ou fúngicas, transmitidas por meio da saliva e pelas suas gotículas”, é o que diz o especialista.


De acordo com ele, as principais delas são: mononucleose infecciosa, causada pelo vírus Epstein-Barr; a herpes simples 1 e 2; e a candidíase.


“A mononucleose é conhecida popularmente como a doença do beijo, ela pode provocar sintomas como fadiga, mal-estar, febre e dores na garganta. Em casos mais intensos, pode gerar dores nas articulações, barriga e manchas pelo corpo”, explicou.


Segundo o doutor, o tratamento indicado é repouso, hidratação e uso de medicamentos para alívio das dores e febre”.


Herpes 


Falando da herpes tipo 1 e 2, tende de aparecer feridas na região dos lábios após contato com a saliva de pessoas infectadas, principalmente pelo beijo, podendo deixar os lábios avermelhados. Manifestação de pequenas bolhas amareladas doloridas que podem causar possível formigamento, febre, mal-estar, dor na garganta e gânglios inchados no pescoço, também são sintomas. Para essa infecção, o tratamento se dá por meio de antivirais.


Já a candidíase, conhecida por “sapinho”,  a doença acomete mais pessoas com baixa imunidade. O aparecimento de lesões avermelhadas ou esbranquiçadas, podem surgir e durar cerca de 5 dias. O tratamento se baseia em antifúngicos que são ministrados tanto por via oral quanto por via local.


As dicas que o dr. Otávio oferece são de manutenção dos cuidados periódicos com a higiene bucal, bem como dos cuidados com a saúde do corpo em geral, já que essas doenças facilmente podem se instalar em indivíduos com a imunidade baixa.


Ele destacou que alterações, como por exemplo, a candidíase, podem surgir pela má higienização da língua.


Prevenção da sífilis 


A sífilis, já citada, é uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível) curável e que só acomete seres humanos. Ela é causada pela bactéria de nome “Treponema pallidum”, e possui três estágios: sífilis primária, secundária, latente e terciária.


A infecção na fase primária tem uma maior possibilidade de transmissão, podendo ocorrer de uma pessoa para a outra durante as relações sexuais sem camisinha, através de feridas microscópicas ou ferimentos superficiais na mucosa da vagina ou do pênis. Em caso de feridas na região da boca, o vírus também pode ser transferido pelo beijo ou pelo toque nas lesões.


Segundo o Ministério da Saúde, a melhor forma de evitar a sífilis é a prevenção e ela começa com educação sexual. Em primeiro lugar, conscientizar a população sobre a importância do sexo seguro. Os preservativos devem ser usados regularmente. Ainda na prevenção, é essencial o diagnóstico precoce.


O tratamento da sífilis se dá por meio de antibiótico, facilmente de serem encontrados nas UBS’s (Unidade Básica de Saúde); mas se não descoberta em tempo oportuno para o devido tratamento, a mesma pode gerar lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, e se tornar fatal.


Como garantir uma boa higiene bucal?


• Escovando bem os dentes ao final de cada refeição; se não for possível, ao menos ao acordar e antes de dormir


• Fazendo o uso adequado do fio dental diariamente


• Ingerindo alimentos balanceados


• Utilizando produtos de higiene bucal, inclusive creme dental, que contenham flúor.


• Fazendo uso de enxaguante bucal com flúor recomendado pelo dentista.


Segundo o Dr. Augusto, a maioria dessas infecções chegam ao fim imperceptivelmente, porém nos casos mais graves deve-se procurar um serviço de saúde para realizar o tratamento correto “para que as corretas intrusões sejam dadas e a doenças não seja mais transmitida, protegendo a si e ao próximo”, finalizou.



Fonte: Agência Aids por Kéren Morais (keren@agenciaaids.com.br)


@dr.otavio.augusto.ribeiro


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