Por Nilton Junior*
Todo ano, em seu início, empresas de consultoria, algumas mundiais, criam suas listas de tendências norteadoras de atividades que podem ou não ocorrer. Mas também não existe uma Mãe Diná por trás descobrindo o futuro. Elas são criadas por movimentações das empresas rumo ao sucesso operacional durante o ano que passou e mesmo através das percepções criadas com seus planejamentos futuros.
Neste artigo proponho, de forma mais humilde, a minha lista de tendências, com as movimentações que acho que veremos esse ano. Claro, existem diversas, mas algumas me chamam atenção.
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ALTERAÇÕES NOS VALORES PROPOSTOS AOS COLABORADORES: Com o aumento dos estudos e ações relacionados a intergeracionalidade dos ambientes, aqueles velhos valores que eram propostos aos colaboradores que queriam ir a uma empresa, creio que deverão ser repensados. Que valor mais hoje importa para as gerações x ou z? Mas o mais importante é qual o valor que ambos compartilham para fazer querer ir para uma empresa?
MATURIDADE DAS IAs*. Elas chegaram, mudaram tudo, massificaram e... Banalizaram? Não creio. Acredito mais que haverá uma corrente da maturidade. Onde usarão a IA para realmente trazer sentido às ações. Não só quebrar galho ou ser atalho para entregas, mas sim fortalecer projetos e programas através de seus 'prompts'. Um uso mais seguro e responsável, que trará ganhos a ambos. E claro, seu crescimento.
ESG* EM TODOS OS LUGARES. Outra agenda de extrema importância e que acho que ganhará maturidade esse ano será o ESG*. Ano passado, fiz alguns cursos, participei de eventos e em todos tive a mesma percepção: ninguém sabe usar esse ‘trem’ ainda. Por mais que empresas tenham se sobressaído, livros tenham sido criados e milhões de eventos e cursos realizados, ano passado foi a base. Foi a criação do que realmente as empresas descobriram o que é o ESG. Tiraram a ideia de fazer puxadinho da responsabilidade social e vão efetivamente espalhar o ESG nas demais agendas das corporações, como acredito que deva ser.
DE&I* MAIS INTRÍNSECO. Até o meio do ano passado, vi muitas atividades de empresas sobre o tema, mas elas foram caindo ao final do ano. Mas essa queda, creio eu, foi a maturidade das empresas em trazer o tema à realidade do dia a dia e virar algo intrínseco. O chamado enraizar. E para esse ano, acredito que teremos sim divulgação de materiais, cursos e eventos, porém com práticas mais reais e vividas nas empresas. Problemas como preconceito, assédio e demais práticas que vão contra o que nos mostra de benefícios as ações de DE&I serão cada dia menos aceitos, e o fortalecimento de canais de éticas, metas de compliance e fortalecimento de atitudes positivas por parte de empresas e colaboradores, só tornará mais comum a cada dia as atividades de diversidade, equidade e inclusão.
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VOCÊ SERÁ MAIS QUE SEU CURRÍCULO. Após a pandemia, o fortalecimento do EAD foi enorme. Milhões de escolas e cursinhos. De graça aos mais caros e respeitados, hoje temos amplo acesso ao conhecimento. Sendo assim, temos as entidades que levam a sério esse “passar” de conteúdo, mas também temos aquelas que sabemos que não são tão referências assim. Logo, as pessoas hoje conseguem certificados e diplomas para anexarem a seus currículos, que cada dia ficam maiores. Mas aí, no final das contas, você sabe mesmo? Um livro ou um curso não te fazem especialista de certo assunto. Precisamos de vivência, e quanto ao que muitos chamam de “teto de papel”, pode não ser mais efetivo em um processo quanto aquele profissional que sabe o que faz. Você é mais que seu currículo. Traga sua carga de experiência, sua verdadeira 'expertise'.
E aí, vocês também criam suas listas de percepções? Acho um bom exercício de observação a ser realizado durante o ano. Coloque o que viu e o que aprendeu. O que ouviu e descobriu. Um mexido de acontecimentos conhecidos e veja o que sai de lista.
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Saiba mais
ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance - É uma sigla que diz respeito à integração da geração de valor econômico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa, por parte das empresas.
Diversidade, Equidade e Inclusão, ou DE&I, são os esforços de uma instituição para criar um ambiente mais acolhedor para pessoas de grupos sub-representados.
*Nilton Junior é um profissional multifacetado com trajetória desde a criação editorial até o desenvolvimento humano. Formado em Comunicação Social, destaque em marketing, experiência diversificada em varejo, comunicação interna e educação. Atualmente, como design de conteúdo, integra habilidades gráficas, audiovisuais e web, com foco em inovação, desenvolvimento organizacional e criação de conteúdo para educação corporativa.
Edição - Douglas Dantas
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