Entre os dias 26 e 29 de outubro, a Prainha tornou-se a sede da primeira Feira Literária de Vila Velha (FELIVV). O evento contou com estandes das principais instituições culturais da cidade, batalhas de Slams, oficinas literárias, palestras, lançamentos de livros, contação de histórias, mesas redondas e atrações nacionais, como o show “Palavra é Poder”, de Elisa Lucinda e coral da Arcelor Mittal.
A iniciativa de construir a primeira feira surgiu da sensível inteligência do vereador Renzo Mendes (PP) e da coordenadora das bibliotecas de Vila Velha, Eliana Terra. Tão logo comunicada a intenção ao prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos) formou-se uma equipe de gestores municipais, políticos, servidores e intelectuais que executaram o projeto.
Fazer literatura num país repleto de desafios estruturais é sempre apostar num setor que nunca gerou grandes capitais políticos, mas que é essencial para a construção da identidade e formação de um povo consciente da importância de ser cidadão e lutar pela conquista e defesa de direitos fundamentais.
Agora, o objetivo é entrar na rota das grandes feiras literárias que ocorrem no Brasil e em toda América Latina. Todavia, apresentar-se como destino que defende com afinco a cultura exige rever políticas culturais capazes de fomentar e apoiar financeiramente instituições, propor incentivos aos artistas e permanente formação técnica para os gestores municipais. É preciso investir cada vez mais no Conselho Municipal de Cultura e defender maior participação da Subsecretaria de Cultura no orçamento fiscal.
Um longo caminho a trilhar exige coragem, fôlego e a suavidade que apenas a arte propicia.
A atual gestão dá um passo à frente na redefinição de um município que tem tudo para ser referência nacional. Um longo caminho a trilhar exige coragem, fôlego e a suavidade que apenas a arte propicia.
Italo Samuel Wyatt é advogado, especialista em Direito
Criminal e Segurança Pública, autor de obras literárias, membro da Academia de Letras de Vila Velha e colunista.
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