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Coluna Italo Wyatt | O resto é silêncio





À beira da morte, Hamlet, o príncipe dinamarquês criado por Shakespeare, proferiu a famosa frase: “o resto é silêncio” (“the rest is silence”).


Na última noite (29/09), o Brasil assistiu ao último debate presidencial, na Rede Globo. Segundo dados prévios do Painel Nacional de TV, da Kantar Ibope Media, a audiência superou o dobro do horário, com média de 25 pontos, ultrapassando com folga os resultados do debate de 2018.


Apesar dos inúmeros embates, calúnias, desrespeito às regras do jogo e das manifestações caricatas do candidato Padre Kelmon (PTB) que renderam memes na internet, o povo brasileiro pôde avaliar as propostas e tomar a sua decisão definitiva.


Agora, os eleitores da nação preparam-se para depositar o voto nas urnas e importa afirmar que não existe qualquer possibilidade do resultado proclamado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ser negligenciado pelo presidente Jair Bolsonaro.


Organizações internacionais já estão no território nacional participando de todos os processos de auditoria, o Senado americano aprovou uma resolução pedindo que o governo brasileiro aceite o resultado, as embaixadas de vários países estão preparadas para saudar o escrutínio, o empresariado emitirá as suas notas e as Forças Armadas não assumirá os riscos de uma possível guerra civil e de enfrentar uma profunda recessão econômica.


Após o processo, restará o silêncio das rivalidades e a necessidade de se ressuscitar um Brasil que jamais deve contestar o sistema democrático.

A pá de cal na discussão veio do próprio presidente do partido de Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, que afirmou confiar no sistema eleitoral e inexistir sala secreta no TSE. Após inspeção por toda a estrutura do Tribunal, até mesmo os aliados do presidente decidiram esvaziar o discurso radical.


Deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente da República serão escolhidos pelo detentor de todo poder: o povo. Após o processo, restará o silêncio das rivalidades e a necessidade de se ressuscitar um Brasil que jamais deve contestar o sistema democrático.



Italo Samuel Wyatt é advogado, especialista em Direito Criminal e Segurança Pública, autor de obras literárias, membro da Academia de Letras de Vila Velha e colunista.





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