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Coluna Italo Wyatt | Valorização imobiliária e a falta de moradia





Neste ano, segundo dados do FipeZap, Vila Velha teve a maior valorização imobiliária do país. Atingindo o índice de 17,45%, a cidade ficou à frente, por exemplo, do luxuoso Balneário de Camboriú (SC).


Valorização imobiliária depende de um conjunto de políticas públicas de infraestrutura, redução da violência, qualidade da educação, saúde e saneamento básico. De fato, a cidade passou por uma exemplar reforma na sua estrutura física e o ambiente de negócios tornou-se mais propício.


Todavia, basta andar pelas praças da cidade para verificar a enorme quantidade de moradores de rua. É certo que esse quadro sofreu influências da pandemia, da consequente desaceleração da economia, do desmonte do programa Minha Casa Minha Vida (atual Casa Verde Amarela) e da crescente dependência química. Porém, Vila Velha nunca contou com políticas públicas eficientes voltadas à população de rua e conforme cresce a população, mais grave torna-se essa realidade.


Por isso, é urgente a criação de programas efetivos de assistência social, saúde, educação, construção de albergues, fomento à compra de moradias e de reinserção ao mercado de trabalho.


De que adianta valorização imobiliária se nas nossas calçadas deparamos com sem tetos, alguns desses inclusive praticando furtos e usando drogas? É preciso um equilíbrio que garanta condições dignas para todos.


Moradia é um direito de todos e base para o reconhecimento da dignidade humana.



Italo Samuel Wyatt é advogado, especialista em Direito Criminal e Segurança Pública, autor de obras literárias, membro da Academia de Letras de Vila Velha e colunista.



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