O Espírito Santo foi o estado que registrou maior aumento de homicídios de pessoas das comunidades LGBTQIAPN+ em todo o Brasil.
De acordo com dados da 17a edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, nove pessoas morreram comparado a apenas duas em 2021, o que representa um aumento de 350% apenas em casos de homicídios.
"Quanto aos dados referentes a LGBTQIA+ vítimas de lesão corporal, homicídio e estupro, seguimos com a altíssima subnotificação. Como de costume, o Estado demonstra-se não incapaz, porque possui capacidade administrativa e recursos humanos para tanto, mas desinteressado em endereçar e solucionar. Os 4 anos de [ Governo Bolsonaro ] erosão do debate público em torno dos direitos de grupos subalternizados implicaram em aumento da subnotificação dos casos de discriminação e violência contra seus integrantes. Para ganharem novamente a confiança desses grupos em sua capacidade de encaminhar e resolver adequadamente seus problemas, as instituições da segurança pública precisam qualificar e profissionalizar seus quadros para o atendimento específico de que esses grupos necessitam. Investir em formação para o atendimento humanizado, na criação de protocolos de atendimento e difusão de boas práticas.
No Brasil, os registros de racismo e LGBTobia cresceram mais de 50% no ano de 2022, em comparação com o ano anterior, onde as ocorrências de LGBTfobia passaram de 316, em 2021, para 488, em 2022, o que representa aumento de 54% no período segundo a 17a edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado no mês de julho.
Entre todos os estados registrados, o Espirito Santo foi o que apresentou maior aumento de homicídios contras bessoas das comunidades LGBTQIAPN+, seguido do Pará com um aumento de 140%.
De acordo com os dados do Anuário, além do crescimento de homicídios contra pessoas das comunidades, o Espírito Santo registrou aumento em todos os crimes analisados pelo Anuário entre 2021 e 2022.
No estado, casos de estupro registraram um aumento de 171,4% e crimes de lesão corporal dolosa cresceram em 87,6%, no período analisado.
Os registros de lesões corporais contra pessoas que fazem parte das comunidades LGBTQIAPN+ cresceu 13% na soma das unidades da federação que divulgaram os dados ao Anuário. Sendo, 2.324 registros de lesões corporais em 2022, contra 2.050 ocorrências no ano anterior.
Fonte: PlanetaFoda/Agência Brasil
Foto Ministério do Turismo/Vitor Jubini
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