top of page

Escritores promovem debate sobre a música do Espírito Santo



Os acadêmicos José Roberto Santos Neves e Francisco Grijó vão apresentar seus livros sobre o tema nesta quinta (07), às 19h, no Espaço Cultural do Hortifruti, na Praia da Costa


A trajetória da música popular no Espírito Santo é o tema do debate-papo que os escritores José Roberto Santos Neves e Francisco Grijó vão apresentar nesta quinta-feira (07), às 19h, no Espaço Cultural do Hortifruti, em Vila Velha. O encontro terá mediação da artista plástica Monica B e apresentação musical do cantor e compositor Chico Lessa.


Durante o evento os autores, que pertencem à Academia Espírito-santense de Letras, vão apresentar seus trabalhos literários sobre a música popular do Espírito Santo. Jornalista, crítico musical, pesquisador de MPB e escritor, José Roberto Santos Neves vai destacar seu livro mais recente, “Os Sons da Memória – Uma Leitura Crítica de 40 Discos que marcaram época na Música do Espírito Santo”, no qual se propõe a analisar a discografia da música popular produzida no Estado desde a década de 1950 até a contemporaneidade.


Entre os personagens da história musical capixaba citados pelo autor estão Carlos Cruz, Raul Sampaio, Maurício de Oliveira, Carlos Poyares, Hélio Mendes, Trio Caiçara, Achiles Siqueira, Gilberto Garcia, Maria Cibeli, Aprígio Lyrio, Afonso Abreu, Ester Mazzi, Sérgio Benevenuto e Paulo Sodré. “São músicos de diferentes estilos e que construíram uma obra relevante, com registro em disco, pavimentando uma estrada de sons e melodias para as novas gerações”, comenta o jornalista.


O compositor Chico Lessa, que faz parte da pesquisa de Santos Neves, vai contar detalhes de sua atuação na música do Espírito Santo a partir do final dos anos 1960, quando se destacou nos festivais de música popular produzidos pelo saudoso cartunista e agitador cultural Milson Henriques.


O professor de literatura e escritor Francisco Grijó vai destacar seu livro “Os Mamíferos: crônica biográfica de uma banda insular”, publicado em 2017, sobre a banda de jazz fusion e rock psicodélico que agitou a cena musical do Espírito Santo entre 1967 e 1970.


Com letras provocativas e poéticas, visual ousado e estrutura sonora ampla, Os Mamíferos foram considerados o primeiro grupo musical de contracultura do Estado, tendo na base de sua formação Afonso Abreu (baixo), Mário Ruy (guitarra) e Marco Antônio Grijó (bateria). À usina sonora de Os Mamíferos juntaram-se o vocalista Aprígio Lyrio, o compositor e flautista Arlindo Castro e os letristas Sérgio Régis e Rogerio Coimbra. O ápice do grupo se deu em 1970, quando conquistou o 1º lugar no III Festival Capixaba de Música Popular Brasileira, com a música “Agite antes de usar”, que rendeu a Aprígio Lyrio o prêmio de Melhor Intérprete do festival.


  • CONFIRA:


Debate-papo “A música popular do Espírito Santo”

Debatedores: José Roberto Santos Neves e Francisco Grijó

Mediação: Monica B

Apresentação musical: Chico Lessa

Data: 07 de abril (quinta-feira)

Horário: das 19h às 21h

Onde: Espaço Cultural do Hortifruti – Rua Romero Botelho, 355, Praia da Costa (próximo ao Shopping Praia da Costa)

Entrada franca

Realização: Coletivo VOA, em parceria com o Hortifruti e a Editora Cândida



  • SOBRE JOSÉ ROBERTO SANTOS NEVES:

Natural de Vitória, o jornalista, escritor, pesquisador de MPB e gestor cultural José Roberto Santos Neves atuou durante 20 anos na cobertura musical do jornal A Gazeta, tem dois CDs gravados e seis livros publicados na área da música: “Maysa” (2005), a primeira biografia da cantora Maysa; “A MPB de Conversa em Conversa - 40 Entrevistas com Grandes Nomes da Música Popular Brasileira” (2007); “Rockrise - A História de uma Geração que fez Barulho no Espírito Santo” (2012); “Crônicas Musicais e Recortes de Jornal” (2015); “O Pop que fez História por essas Bandas – Arranjos para Orquestra de Violões” (textos e pesquisa - FAMES, 2020); e “Os Sons da Memória – Uma Leitura crítica de 40 discos que marcaram época na música do Espírito Santo”, além de diversas participações em antologias e coletâneas.

O autor é membro da Academia Espírito-Santense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo. Em função de sua contribuição para a historiografia da música popular brasileira, desde 2017 foi incluído como verbete no Dicionário Cravo Albin da MPB.


SOBRE FRANCISCO GRIJÓ:

Francisco Grijó estreou como escritor em 1987, com a publicação do livro de contos “Diga adeus a Lorna Love”, numa coedição entre a Fundação Ceciliano Abel de Almeida e a editora Anima (RJ). Publicou, dois anos depois, outro volume de histórias: “Um outro país para Alice”, pela editora FCAA, texto que considera mais amadurecido e de temática única: a mulher. Em 1995 surgiu o primeiro romance, “Com Viviane ao lado”, publicado originalmente pela Babel Editora e reeditado pela Cultural-ES. Em 2001, aventurando-se mais uma vez na seara das histórias curtas, publicou o livro de contos “Licantropo”, pela Editora Florecultura. Outros livros do autor são o romance “Histórias curtas para Mariana M”, de 2009, e o volume de contos “Todas elas, agora”, de 2013.

Em 2017, aventurando-se pela biografia, publicou “Os Mamíferos: crônica biográfica de uma banda insular”, seguido pelo romance policial “Fama volat” (2019), lançado pela editora Cândida. Sua obra mais recente é “Doxa”, seleção de crônicas publicadas em A Gazeta entre 2011 e 2015. Em 2022 foi eleito para a Academia Espírito-santense de Letras, para a Cadeira nº 04 da instituição, preenchendo a vaga deixada pelo saudoso Dr. Aylton Rocha Bermudes.


0 comentário

Comments


bottom of page