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Exclusivo – Silvero Pereira fala de show na Prainha e o destino de Zaqueu, em Pantanal



Uma das principais revelações da trama Pantanal, Silvero Pereira, que vive o peão gay Zaqueu estará em Vila Velha, no Festival Tenda Lab. O artista sobe ao palco na Prainha com a banda Paralela em um tributo à Belchior.


Em uma entrevista exclusiva ao VVemDia, Silvero comentou sobre sua trajetória, seus desafios, a representatividade na sociedade e ainda sobre o destino de Zaqueu em Pantanal. Confira abaixo!


Para conferir a programação completa e mais detalhes do Festival Tenda Lab, clique aqui.


VVemDia - Silvero, você é mais conhecido como ator. Tendo grande destaque em Pantanal. Como surgiu seu lado musical? Antes do Tributo a Belchior já havia realizado turnês e shows?

Silvero - Comecei a cantar com o espetáculo BR-TRANS . Havia escrito a peça com algumas músicas como dramaturgia e precisei recorrer à aulas de canto. Desde então venho estudando e trabalhando nesse desejo de cantar. Essa é minha primeira turnê, mas, em Fortaleza, já havia cantado para multidões no carnaval com o meu Bloco das Travestidas.


O fato é que a música tem me encantado e pretendo continuar

VVemDia - Atualmente em Pantanal, você interpreta um personagem homossexual. Nos palcos canta Belchior, cantor romântico de uma época onde o preconceito ainda era muito enraizado. Como é interpretar o Belchior, um personagem ‘machão’, nos dias atuais?

Silvero - Só consigo interpretar personagens que me identifico profundamente. As músicas de Belchior me emocionaram exatamente porque atravessam o Silvero que sou ou aquele que desejo ser.


VVemDia - Por sinal, como Belchior entrou em sua vida?

Silvero - Através do meu pai que sempre ouviu, mas quando criança eu não atentava para a beleza ali existente. Trata-se de uma memória afetiva, emocional.


Acho que existe representatividade hoje, porém, não há proporcionalidade.

VVemDia - Após o tributo, há intenção de seguir com a carreira musical? Qual outro artista gostaria de realizar um tributo ou regravações?

Silvero - Sou um artista que lida com o sucesso e o fracasso na mesma proporção. Gosto de oferecer meus sentimentos através da arte e depois analisar se tenho conseguido atingir o espectador. O fato é que a música tem me encantado e pretendo continuar estudando e cantando em cena, não sei se como músico, mas certeza de como ator | cantor.


VVemDia - Voltando ao tema da diversidade, há dez anos é casado com seu marido e vive um gay na novela. Como avalia a representatividade do universo LGBTQIA+ na dramaturgia? Você como pessoa, se vê representado nas novelas?

Silvero - Acho que existe representatividade hoje, porém, não há proporcionalidade. Não é sobre ter um personagem LGBTQIAP+, é sobre ter nossa comunidade contratada, trabalhando.


O amor platônico ficou na década de 90, temos que mostrar outras possibilidades hoje na televisão.

VVemDia - E na sociedade, o que ainda é preciso para conquistarmos respeito?

Silvero - Precisamos de um país que trabalhe na base, ou seja, na educação, na cultura, na saúde. Se o povo tem conhecimento e espaço pra crescer fica mais fácil pensar no respeito.


VVemDia - Pantanal está chegando ao fim e seu personagem ainda não teve o amor correspondido. Ainda dá tempo de uma virada? Sua expectativa para o personagem foi alcançada? O público ainda pode aguardar um romance? E um beijo?

Silvero - Eu torço por um final feliz pro Zaquieu. O amor platônico ficou na década de 90, temos que mostrar outras possibilidades hoje na televisão.


VVemDia - Finalizando, no show em Vila Velha, teremos alguma novidade? O que esperarmos do Silvero cantor?

Silvero - Esse show estreou em Vitória durante a pandemia de forma on-line. Então, meu desejo é cantar junto com as pessoas e me emocionar. Não é um show sobre cantar, é o que eu quero falar através dessas canções.

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