O Idec protocolou na última sexta-feira (04) uma denúncia contra duas grandes marcas por propaganda enganosa de pães integrais das linhas 100% NATURAL e 100% Nutrição.
Isso porque houve uma mudança recente nos rótulos que pode induzir os consumidores ao engano em suas escolhas alimentares, o que é proibido pelo CDC (Código de Defesa do Consumidor).
"Aqueles pães que destacavam a alegação de serem 100% integrais, na verdade, possuem uma composição que varia entre 37,9% a 65,9% de ingredientes integrais", explica o advogado do programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Leonardo Pillon.
Apesar da mudança no rótulo, as empresas Nutrella e a Wickbold ainda mantêm estratégias de publicidade que dificultam a imediata e clara identificação da real composição dos produtos, uma vez que só mudaram os dizeres de "100% Integral" para "100% Natural" ou "100% Nutrição". O real percentual de composição integral é exibido em letras menores, sem destaque de cor, fonte, fundo e contraste nos rótulos.
Para ser integral, ele precisa conter, no mínimo, 30% de ingredientes integrais e a quantidade desses ingredientes deve ser maior do que a dos ingredientes refinados. Além disso, é obrigatório informar, no rótulo, a porcentagem de cereais integrais no produto. Antes da norma, cada fabricante criava seus próprios critérios para definir o uso do termo “integral”.
Os produtos fabricados até 22 de abril de 2023 podem ser comercializados até o fim do seu prazo de validade, já aqueles produzidos depois desta data devem estar de acordo com a norma vigente. A única exceção são as massas alimentícias, que têm prazo de adequação até 22 de abril de 2024.
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