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Morte de crianças | Familiares realizarão ato no Himaba e PA da Glória



Antônio, Kevin e Guilherme. Pais cobram Justiça.

Reportagem especial por Douglas Dantas. Fotos Divulgação/Internet.


Um grupo de mães e familiares de crianças que vieram a óbito no Himaba (Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves) estarão realizando um ato com concentração marcada a partir das 14h deste sábado, 9 de julho, em frente ao PA da Glória seguindo após para o hospital.


O ato foi organizado após os familiares de Antônio Rossi Simões de 2 anos e Guilherme Rody Ferreira também de 2 anos denunciarem possível negligência e falta de cuidados no Himaba que teriam contribuído para o óbito das crianças.


Diante o relato dessas mães em suas redes sociais, vários outros pais relataram fatos semelhantes que vivenciaram com suas crianças tanto no Himaba quanto no PA da Glória.


Os organizadores do protesto reivindicam melhores condições e assistência para as crianças e familiares no atendimento nos locais acima. Também orientam aos participantes para irem de preto em sinal de protesto.


Guilherme


"No dia 30/04/2022, Guilherme deu entrada no Himaba convulsionando onde ficou internado 11 dias para investigação com suspeita de ser meningite ou miningocefalite (inflamação no cérebro por conta de uma gripe mal curada). Fzeram o exame do licor na medula dele onde falou que estava tudo bem, solicitou o exame de tomografia onde não conseguiram marcar ficamos esperando mas a secretaria que marca exame no Himaba disse que não tinha saído. Enquanto isso o Guilherme tomando antibióticos forte na veia para combater a Infecção. O Guilherme apresentou dor na barriga e febre, a médica passou dipirona e um laxante, mesmo assim ele estava quietinho a noite. No dia 10/05/2022, a médica disse que não tinha necessidade do Guilherme estar internado pois ele já está “ bem”, que iria solicitar a neurologista para avalia-lo. A médica neurologista passou e falou que ia dar a alta pois a suspeita de miningocefalite estava tratada. Mas o Guilherme iria fazer o uso do anticonvulsivo (Fenobarbital ) e com isso viemos para casa no dia 10/05/2022 meu filho aparentemente estava bem. Posteriormente ele voltou a precisar ser internado e não resistiu. Vindo a falecer dia 28/05." Relata os familiares de Guilherme.


Antônio


“Meu filho deu entrada dia 18/05, foi transferido do PA da glória. Meu filho chegou andando, comendo biscoito, tomando suco e iogurte, brincava comigo da cadeira mesmo, pois não podia sair do oxigênio. Os médicos não concordam com o tratamento um do outro, toda hora mudam o medicamento, litro de oxigênio, te colocam na dieta, tiram da dieta. São de 2 a 3 trocas por dia e com isso os ajustes de medicamentos de acordo com eles. Ele foi classificado como pulseira laranja, já era pra ter sido atendido de imediato, mas fomos largados e esquecidos num isolamento. Dormimos nas cadeiras, passamos fome. Meu filho foi só piorando, eu corria atrás de remédios e exames e eles não passavam. Quando decidiram agir, já era dia 24/05 meu filho estava em estado gravíssimo. Entubaram ele e daí ele não acordou mais” relata Ingrid Rossi.


Os casos acima se somam ao de Kevin, adolescente que ficou na ambulância aguardando leito, dentre outros que surgiram com a mobilização das mães.


“Esse hospital [Himaba] tinha que ser fechado. Minha filha só está viva hoje porque foram muitos contatos e eu sempre desesperada atrás de médicos e enfermeiro. A minha filha foi salva graças a Deus , mas eu vi crianças morrerem naquele corredor , eu passei dois dias em uma cadeira ali e minha filha com o mesmo acesso que foi na ambulância de Piuma. Até eu começar a gritar e querer tirar ela lá de dentro pra leva lá a um Hospital particular. O segurança me segurou. As plaquetas em 7 mil e ninguém naquele açougue fazia nada. Tive que recorrer a deputados, secretário de saúde do estado. Sinto pela Antônio que teve sua vida levada por negligência. Pois só existe isso no himaba NEGLIGÊNCIA” desabafa a mãe Nathalia Dias em um dos posts.


Outro lado e Conselhos


Nossa equipe demandou as secretarias estadual e municipal de Saúde questionando vários dados de atendimento às crianças, inclusive o número de óbitos registrado nesses últimos seis meses de 2022.


Também acionamos o Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e o Conselho Regional de Medicina (CRM) para saber qual o parecer desses órgãos fiscalizadores quanto ao Himaba.


Assim que obtivermos retorno a matéria será atualizada.

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