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Nas encruzilhadas do Território do Bem





Por Marilene Pereira.


Nas encruzilhadas do Território do Bem estão as irmãs negras

Muitas nasceram lá, outras fizeram do local o seu habitar

E todas criaram seus filhos no território pensando além

Mas vivem as barreiras que a todas detém



Nas encruzilhadas do Território do Bem tem gênero, raça, classe e outros poréns

Ruas e vielas!

Alguns chamam de comunidade e outros chamam de favela

Becos e pinguelas!


Que via é essa irmã e irmão de cor?

Que via é essa que chora de tanta dor?


Eu Eu, mulher preta? Vendo tudo com o coração na mão

A polícia quando sobe dá o recado da opressão

Para ninguém esquecer da colonização

Armas em punho, balas de borracha, porrada e sangue escorrendo em vão


Nas encruzilhadas do Território do Bem

A subalterna não pode falar

E se ousar falar!

Opressão, violência, prisão e violação


Nas encruzilhadas do Território do Bem

Tem Marly, Zeferina, Odeteh e Conceição

Nas encruzilhadas do Território do Bem tem chama de amor e clamor por reparação.


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*Procuradoria Especial das Mulheres da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo e membro do Coletivo Literário Tereza de Benguela.



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