Por Douglas Dantas, Jornalista*
Enquanto na diversão da criançada figuras repetidas não completam álbum, na disputa eleitoral tem sido o contrário.
Com raras exceções, quanto mais ‘carimbado’ parece que mais chance tem de colar no álbum eleitoral!
Figurões de outras eleições retornam novamente. Até mesmo alguns que foram amplamente rejeitados nas urnas em eleições passadas, tentam reavivar suas figurinhas e serem colados no novo álbum eleitoral.
Entre esses podemos destacar Ricardo Ferraço, que Renato Casagrande ‘retirou do baú’ para ser seu vice após ser rejeitado ao Senado em 2018, o mesmo com Magno Malta que tenta retornar à Brasília. Em Vila Velha, temos Max/Carreta, Ivan Carlini e Neucimar Fraga, rejeitados nas eleições municipais que agora tentam serem escolhidos para os legislativos estadual/federal.
Para governador, as figuras são mais que repetidas: Casagrande, Manato, Guerino, Audifax.... figurinhas políticas mais do que já repetidas de outros álbuns.
Para os cargos ao Congresso Federal e à Assembleia Legislativa até surge uma ou outra figurinha nova, mas também uma ampla maioria é de desbotadas figuras ou de algumas recentes que tentam sair de suas casas legislativas municipais.
Novas ou antigas, o que importa é verificarmos, detalhadamente, com uma lupa, cada uma dessa figurinha antes de escolhermos colar em nosso álbum eleitoral. Para além do discurso, o eleitor precisa ficar atento à atuação tanto nos seus mandatos políticos quanto na sua vida pessoal.
A quantidade de figuras repetidas na política mostra a importância de uma ampla reforma eleitoral, que contribua para o surgimento de novas lideranças que possam atender aos anseios da sociedade que tem avançado cada vez mais e muitas vezes se vê descolada ao álbum de figuras que estão nas casas legislativas e nos executivos. Lembrando que nem sempre o novo será eficiente e nem sempre o antigo será falho. O ideal é um equilibrou entre os dois.
*Há 20 anos no jornalismo, já atuou como assessor político, jornalismo empresarial e sindical. Editor do VVemDia, também é diretor do Sindijornalistas e da Fenaj.
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