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Foto do escritorRedação

Projeto vai formar agentes comunitários e clubes de leitura






Um novo projeto vai formar agentes culturais comunitários, fomentar clubes de leitura e promover mais de 400 atividades literárias em territórios periféricos do Espírito Santo. Trata-se do projeto Lugares de Ler, realizado pela Secretaria da Cultura (Secult) e Instituto Agir – Instituto de Cidadania, com recursos federais por meio da Lei Paulo Gustavo. A iniciativa será lançada oficialmente na próxima segunda-feira (08), às 18 horas, no Palácio Anchieta, em Vitória, com presença do filósofo, escritor, ambientalista, líder indígena e Imortal da Academia Brasileira de Letras Ailton Krenak.





Na ocasião, haverá o lançamento coletivo de livros produzidos por meio do Fundo Estadual de Cultura (Funcultura) e divulgação do chamamento para seleção dos agentes de leitura, que vão trabalhar na realização de atividades contínuas durante 10 meses em suas comunidades.


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Receberão atividades do Lugares de Ler dez territórios, sendo três em Vitória (Piedade, São Pedro e Bairro da Penha), dois em Cariacica (Nova Rosa da Penha e Padre Gabriel), e um em Vila Velha (Terra Vermelha), Serra (Carapina), Guarapari (Jabaraí), Aracruz (Jacupemba) e Linhares (Planalto), todos eles são parte do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, do Governo do Estado.


“O estímulo ao livro e à leitura é um pilar fundamental da busca de uma sociedade mais justa e igualitária. Nessa esteira, a Secult lança Lugares de Ler, que justamente viabiliza a difusão literária, por meio de ações e aquisições de livros em parceria com iniciativas que já atuam nesses territórios de vulnerabilidade social”, explica o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha.


Ainda segundo o secretário, o projeto vai trabalhar o estímulo à leitura e a inclusão social, sempre com respeito aos desejos e contextos da própria comunidade.



Após a seleção, os agentes de leitura receberão uma formação em cultura e literatura e orientações para sua atuação como mediadores locais. Cada território formará seu clube de leitura com encontros semanais, que poderão incluir ações como contação de histórias, encontros com autores, oficinas de criação literária e oficinas de aprofundamento e estudo em obras literárias.


Além disso, durante o período do projeto, cada local realizará um evento especial, que pode incluir atividades como pocket show de música e literatura, monólogo cênico, sarau, exibição de filmes com bate papo, performances literárias e apresentações circenses.


Para o presidente do Instituto Agir para o Desenvolvimento da Cidadania, Perly Cipriano, o Lugares de Ler é um sonho que vai se tornar realidade. “O povo precisa ter acesso à cultura. A leitura é uma fonte importante de conhecimentos e saberes. Somos parceiros nesta missão. Ir onde o povo está é o desafio que aceitamos prazerosamente. Para isso é fundamental parcerias entre poder público e sociedade civil”, reforça.


O projeto também vai adquirir um acervo de 1.000 novos exemplares de livros diversos, a serem utilizados a partir de ações facilitadas pelos mediadores formados nas atividades.




Assim, o projeto busca popularizar e difundir a literatura no Espírito Santo, fomentar o intercâmbio entre escritores e leitores, contribuir para interiorizar a ação cultural em lugares que têm  menos acesso a políticas públicas, fortalecer espaços públicos como lugares de encontro, estimular a cadeia produtiva do livro capixaba e formar agentes literários e ativistas que possam mobilizar e gerenciar núcleos comunitários de leitura


“Quando a gente fala de leitura literária, é uma leitura que não é igual às outras leituras; Ela é uma leitura que exige uma decifração, as coisas não são tão explícitas, elas não são tão fechadas. O sentido do texto é elaborado junto com o leitor. Então o leitor tem que participar da construção desse texto. Ele não é só passivo. Por isso, ler literariamente é uma atividade que demanda certo tipo de trabalho e formação, e a promoção desse tipo de saber e dessas habilidades está intimamente ligada à ideia da literatura como um direito humano”, afirma o coordenador de Formação Continuada do Lugares de Ler, Gabriel Nascimento.




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