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Queimadas | Estado só tem seis guardas ambientais para 17 Unidades de Conservação





De acordo com o Sindipúblicos, o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) é responsável por nove Unidades de Conservação de Proteção Integral, incluindo seis parques, dois monumentos naturais e uma reserva biológica. No entanto, apenas três dessas áreas contam com a presença de guardas ambientais, que desempenham funções cruciais como fiscalização, monitoramento, educação ambiental, resgate de fauna, além de prevenção e combate a incêndios florestais.


Além dessas, o IEMA gerencia outras oito Unidades de Conservação de Uso Sustentável, que incluem seis Áreas de Proteção Ambiental (APAs), uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) e uma Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE).



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Dos seis guardas ambientais em atividade no estado, três estão lotados no Parque Estadual Paulo César Vinha, um na Reserva Biológica Duas Bocas, e um no Parque Estadual Forno Grande. No Parque Estadual Cachoeira da Fumaça, o único guarda ambiental atua como gestor, deixando de exercer suas funções de fiscalização e monitoramento. Isso significa que apenas duas unidades de conservação e uma reserva biológica estão efetivamente protegidas por guardas ambientais.


O Sindipúblicos alerta que a escassez de guardas ambientais aumenta os riscos de queimadas, como a que ocorreu recentemente no Parque Estadual Mata das Flores, que atualmente não possui nenhum guarda. A situação não é nova e já foi denunciada diversas vezes, reforçando a urgência de um concurso público para preencher o déficit de pessoal.




A secretária-geral do Sindipúblicos e servidora do IEMA, Silvia Sardenberg, ressalta que além da falta de pessoal, os guardas em atividade necessitam de valorização, melhores condições de trabalho e equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados, que muitas vezes são insuficientes. “A falta de guardas prejudica não só a prevenção e o combate a incêndios, mas também a recuperação das áreas afetadas. É importante destacar que a prevenção é mais eficaz do que o controle ambiental, já que, após um incêndio ou desastre, a recuperação dessas áreas pode ser impossível”, comentou.


Os guardas ambientais reivindicam maior valorização, melhores condições de trabalho, e demandas como concurso público, porte de arma devido aos riscos da função, adicional de periculosidade incorporado ao subsídio, e direito a folga compensada em regime de plantão durante finais de semana ou feriados.






Posicionamento do IEMA


A reportagem tentou contato com o IEMA para comentar a falta de guardas ambientais nas Unidades de Conservação do estado, mas não obteve resposta até o momento da publicação. O espaço permanece aberto para manifestação do órgão.




Foto: José Cruz/Agência Brasil


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