Uma novela trouxe um grande prejuízo para uma das principais emissoras de tv do país .
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a multou por depredação de patrimônio histórico ocorrida durante a produção de um dos folhetins da rede de TV.
O caso aconteceu durante as gravações da novela “Rei Davi”, realizadas em 2011 e que foram ao ar no ano seguinte. As filmagens da minissérie aconteceram no interior do estado de Minas Gerais, no Rio Grande do Norte, em São Paulo e em desertos do Canadá.
No entanto, a cidade de Gouveia, localizada em Minas Gerais, que foi cenário de algumas partes da novela, continha pinturas rupestres feitas em rochas, as quais foram pintadas de branco pela equipe, a fim de realçar as personagens e as cenas. Os registros possuem cerca de 10 mil anos.
A emissora ainda entrou com um recurso, alegando que o valor cobrado pelo Ministério de Justiça de Minas Gerais (MJ-MG) era “desproporcional da pena”, porém o argumento foi recusado pelo STJ, que manteve a condenação.
A emissora ainda entrou com um recurso, alegando que o valor cobrado pelo Ministério de Justiça de Minas Gerais (MJ-MG) era “desproporcional da pena”, porém o argumento foi recusado pelo STJ, que manteve a condenação.
Ao todo, a Record foi penalizada a pagar R$ 2 milhões, sendo R$ 1 milhão por danos morais coletivos e outros R$ 1 milhão para compensação ambiental.
Autores de novelas bíblicas da Record eram obrigados a se converterem, diz ex-roteirista
Essa não é a primeira polêmica que envolve a emissora e suas produções bíblicas. Uma ex-roteirista das novelas religiosas, Paula Richard, entrou na Justiça contra a Record e alegou que os funcionários da equipe que não se tornaram evangélicos foram demitidos, em maio deste ano.
"Eles pregam tanto sobre família, união, esposa, filho, cuidar, orar, estar sempre presente. Mas e o próprio filho, cara? O próprio filho, eles ignoram. Agem assim: 'Vai embora, você está sendo demitido. Não há nada que a gente possa fazer'", disse a ex-roteirista ao portal Notícias TV.
Paula pede uma indenização de R$ 5,6 milhões por intolerância religiosa. Ela afirma que os roteiristas são obrigados a seguirem a religião de Edir Macedo e de sua filha, Cristiane Cardoso. Emílio Boechat, Camilo Pelegrini e Cristiane Fridman também teriam sido vítimas da situação.
"A relação de trabalho da autora com membros da Igreja, seja na produção ou com as colaboradoras que foram inseridas na sua equipe, sempre foi amena; entretanto, ao que tudo indica, a já mencionada Sra. Cristiane Cardoso estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV --o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso", diz um trecho da ação judicial.
Cristiane é a diretora de dramaturgia da emissora e possui responsabilidades como alteração e edição do roteiro, conforme a ideologia seguida pela Record. O depoimento de Emílio Boechat, que foi anexado na ação, critica o posicionamento da diretora e da emissora.
Record é condenada a pagar R$ 2 milhões por depredar pinturas rupestres milenares
Record é condenada por depredar patrimônio histórico. Divulgação
Uma das novelas bíblicas da Record trouxe um grande prejuízo para a emissora. Embora as histórias inspiradas nos escritos cristãos sejam responsáveis por uma boa parte da audiência da empresa, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) a multou por depredação de patrimônio histórico com a produção, justamente, de um desses folhetins.
O caso aconteceu durante as gravações da novela “Rei Davi”, realizadas em 2011 e que foram ao ar no ano seguinte. As filmagens da minissérie aconteceram no interior do estado de Minas Gerais, no Rio Grande do Norte, em São Paulo e em desertos do Canadá.
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No entanto, a cidade de Gouveia, localizada em Minas Gerais, que foi cenário de algumas partes da novela, continha pinturas rupestres feitas em rochas, as quais foram pintadas de branco pela equipe, a fim de realçar as personagens e as cenas. Os registros possuem cerca de 10 mil anos.
A emissora ainda entrou com um recurso, alegando que o valor cobrado pelo Ministério de Justiça de Minas Gerais (MJ-MG) era “desproporcional da pena”, porém o argumento foi recusado pelo STJ, que manteve a condenação.
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Essa não é a primeira polêmica que envolve a emissora e suas produções bíblicas. Uma ex-roteirista das novelas religiosas, Paula Richard, entrou na Justiça contra a Record e alegou que os funcionários da equipe que não se tornaram evangélicos foram demitidos, em maio deste ano.
"Eles pregam tanto sobre família, união, esposa, filho, cuidar, orar, estar sempre presente. Mas e o próprio filho, cara? O próprio filho, eles ignoram. Agem assim: 'Vai embora, você está sendo demitido. Não há nada que a gente possa fazer'", disse a ex-roteirista ao portal Notícias TV.
Paula pede uma indenização de R$ 5,6 milhões por intolerância religiosa. Ela afirma que os roteiristas são obrigados a seguirem a religião de Edir Macedo e de sua filha, Cristiane Cardoso. Emílio Boechat, Camilo Pelegrini e Cristiane Fridman também teriam sido vítimas da situação.
"A relação de trabalho da autora com membros da Igreja, seja na produção ou com as colaboradoras que foram inseridas na sua equipe, sempre foi amena; entretanto, ao que tudo indica, a já mencionada Sra. Cristiane Cardoso estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV --o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso", diz um trecho da ação judicial.
Cristiane é a diretora de dramaturgia da emissora e possui responsabilidades como alteração e edição do roteiro, conforme a ideologia seguida pela Record. O depoimento de Emílio Boechat, que foi anexado na ação, critica o posicionamento da diretora e da emissora.
“O que esperar de uma emissora que entregou a dramaturgia nas mãos de amadores cujo compromisso é apenas divulgar os dogmas de uma igreja específica? Tenho pena dos atores e demais profissionais que se submetem a essa humilhação porque precisam de dinheiro”, diz o depoimento.
Em meio à polêmica, a assessoria de imprensa da emissora publicou um tweet, onde afirma que o Grupo Record é laico e que tomará as medidas cabíveis contra a acusação de Paula.
Republicação de Revista Fórum
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