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Transcol | Sindipúblicos denuncia: além do reajuste, governo reduziu viagens




Os novos valores do Sistema Transcol, que entram em vigor neste domingo (12), são de R$ 4,90 de segunda a sábado, R$ 4,30 aos domingos e R$ 2,45 para o serviço Bike GV. No entanto, o Sindipúblicos denuncia que o reajuste não traz melhorias ao sistema, expondo um modelo de gestão que privilegia interesses privados em detrimento das reais necessidades da população.



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Além do aumento de R$ 0,20 na tarifa, usuários enfrentam custos invisíveis que vão muito além do valor anunciado. O Sindipúblicos alerta que houve uma redução de 10% nas viagens das linhas do Transcol no final de 2024, com o objetivo de diminuir os custos do subsídio sem afetar os lucros dos empresários.


Os usuários reclamam de superlotação, sucateamento da frota que atende bairros periféricos, maior tempo de espera e um impacto direto na qualidade de vida dos passageiros.



A entidade destaca que em 2024, o governo estadual gastou cerca de R$ 32 milhões mensais em subsídios para o Transcol, o dobro da média mensal de 2023, mesmo após a publicação da Lei Complementar n.º 1040/2023 e do Decreto n.º 5406R/2023. Essas medidas instituíram a remuneração dos consórcios pelo modelo “custo menos receita”, mas não trouxeram economia ao sistema.


O Sindipúblicos critica a ausência de transparência e diálogo na gestão do transporte público. Dados como custos por passageiro, quilometragem rodada e detalhes sobre as alterações na frota não estão plenamente acessíveis à sociedade. "Toda a operação do Transcol é financiada pelo contribuinte, mas os lucros continuam concentrados na iniciativa privada, enquanto o sistema sofre com cortes e má qualidade", afirma o Sindicato.


Impactos do Reajuste e Redução de Viagens


A tarifa reajustada representa cerca de 16% do salário mínimo de um trabalhador que utiliza o transporte diariamente. Paralelamente, os passageiros enfrentam ônibus lotados, atrasos frequentes e veículos sem ar-condicionado, especialmente em horários de pico. Mesmo com a promessa de renovação da frota e expansão de veículos elétricos, a realidade cotidiana é marcada por dificuldades e insatisfação dos usuários.


Revisão do Modelo de Gestão


O modelo de subsídios adotado pelo governo estadual também é alvo de críticas. Embora o Estado cubra custos de terminais, financiamentos de veículos e parte da operação, os lucros permanecem com as empresas privadas. O Sindipúblicos levanta a possibilidade de estatizar o sistema como forma de reduzir custos e melhorar a qualidade do serviço.


"Estamos diante de um sistema onde a população arca com tarifas altas e o governo investe cifras milionárias em subsídios, mas o retorno em eficiência e acessibilidade é mínimo. É necessário repensar esse modelo para garantir que o transporte público seja, de fato, um direito e não um peso para os cidadãos".


O Sindipúblicos cobra do governo estadual e da Ceturb respostas sobre a possibilidade de retorno das viagens suprimidas. Até o momento, não houve posicionamento oficial. O espaço segue aberto para manifestação.






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